terça-feira, 11 de julho de 2006

A Vida É Uma Tourada


É engraçada a forma como os seres, ditos humanos, agem quando têm sentimentos de culpa!
Tentam esquivar-se e não conseguem olhar o touro nos olhos!
Evitam a todo o custo pegar a fera pelos cornos, e enfrentar de uma vez a besta!
Fora da arena são os maiores do mundo...lá dentro...bem, lá dentro é vê-los a correr cada um para seu lado...e nós na bancada assistimos a toda esta Tourada impávidos e serenos! E até fazemos apostas...sim meus amigos! Apostamos qual deles é que vai perecer primeiro. E desenganem-se aqueles que pensaram que a aposta era entre o animal e o ser, dito humano...nada disso!!!
Bom, mas adiante, já chega de devaneios. Vamos lá ao que interessa!!
Eu própria já estive para lá da bancada umas quantas vezes, enfrentei o "perigo", saí com o meu orgulho a modos que a dar um "cadito pró" ferido e com algumas "cornadas", que deixaram algumas marcas neste corpito "danone", mas nada que o tempo e a preseverança não cure!
Caio, levanto-me e grito...OLÉ TOURO!!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Enquanto houver vida continuaremos sempre a tourear porque infelizmente o que mais nos aparece são touros de cornos afiados.
Nós, os que saltamos para a arena e enfrentamos as feras temos algumas marcas no corpo mas teremos sempre o brilho do nosso fato para nos realçar.
E mai nada!

Anónimo disse...

A experiência é uma coisa muito interessante. É servindo-nos dela que aprendemos grande parte daquilo que sabemos; por ela orientamos, muitas vezes, os nossos passos; com ela evitamos a repetição de dissabores e procuramos aquilo que já sabemos ser bom. A experiência poderia servir para que a nossa vida fosse muito mais previsível e controlável, mais cómoda e segura, livre de problemas.
Uma chatice, enfim...
Felizmente, a natureza possui aspectos desconcertantes que têm o condão de permitir que, apesar de existir a experiência, a nossa vida seja em cada um dos seus momentos uma aventura louca e sem destino previsivel.
Um deles é que a experiência que adquirimos numa fase da nossa vida não nos serve de nada quando chegamos à fase seguinte.
Apesar da experiência que vamos adquirindo, chegamos, a cada uma das nossas épocas, inexperientes e inseguros como da primeira vez.
A vida, na sua magnífica diversidade, vai-nos oferecendo constantemente novas situações, para as quais nunca estamos verdadeiramente preparados. Algumas são duras: um fracasso grande, uma doença que veio para ficar, a morte de alguém que nos faz falta...
Estas limitações da experiência forçam-nos a crescer continuamente; mantêm-nos tensos, esforçados. Permitem-nos ter constantemente objectivos diferentes. Dão colorido à nossa vida. É assim que nos podemos manter de algum modo jovens em qualquer idade. Quem programou este jogo da vida fê-lo de forma a que ele tivesse sempre interesse. Subimos de nível, saltamos do material para o espiritual, varia o grau de dificuldade, mudam os adversários e o ambiente - como nos jogos electrónicos...
Não somos poupados a sofrimentos, mas é-nos dada a possibilidade de reagir e continuar a avançar. Se temos saudade do que ficou atrás, também nos é permitido sonhar com o que está adiante. Se conservamos o sabor de derrotas que tivemos, também planeamos a vitória que se segue.
No jogo da vida, as derrotas deixam marcas, as feridas fazem mesmo doer, muitas vezes não recuperamos aquilo que perdemos. Estamos ancorados à realidade e, por isso, para nos divertirmos, para nos sentirmos como aventureiros no meio de tudo isto, temos necessidade de coragem. E de não calarmos aquilo que dentro de nós nos chama a um sonho, clama por aventura, pede para fazermos com a vida qualquer coisa que seja grande.
Poderíamos dar ouvidos ao medíocre que quer instalar-se em nós. E evitar, por medo e preguiça, as dificuldades, as complicações, o sonho.
Mas "evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada".
“Helen Keller” – escritora
A normalidade torna-se mediocre e tira toda a graça e todo o sal ao tempo que passamos aqui.